terça-feira, 23 de março de 2010

Nos Cinemas: Ilha do Medo


Ilha do Medo (Shutter Island, 2010)

De: Martin Scorsese

Com: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, e Ben Kingsley.


"ILHA DO MEDO É EXTREMO. O LADO MAIS SOMBRIO DE MARTIN SCORSESE"


Da adaptação do livro homônimo de Dennis Lehane, "Patient 67", um dos maiores mestres do cinema trás a tona "Ilha do Medo".

Martin Scorsese, o diretor das referências como "Taxi Driver" ou o recente "Os Infiltrados" une forças novamente a seu 'novo ator favorito' (a despeito do anterior ter sido Robert de Niro), Leonardo DiCaprio.

O filme mostra ao mundo um outro lado do diretor - não ruim, apenas diferente - nunca visto antes, repleto de som e suspense.

A trama ocorre no ano de 1954. DiCaprio, em atuação notável e visceral, continua confirmando os rumores de que já atingiu sua maturidade há alguns anos.

Seu papel é o do detetive Teddy Daniels, que investiga, junto a seu novo parceiro Chuck (Mark Ruffalo), um desaparecimento num hospital psiquiátrico chamado Shutter Island, uma ilha que guarda doentes mentais muito perigosos.

No local, Teddy descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.

Mas o importante a se lembrar, e o único método comum em qualquer obra de Scorsese, é que nada é o que parece.

Martin mostra em Ilha do Medo, que também é capaz de manter o espectador roendo as unhas na poltrona, e ansioso por surpreender-se no desfecho. O misto de som e suspense muito bem combinado leva o longa a seu clímax.

É impossível não lembrar Alfred Hitchcock em suas inumeráveis semelhanças, ou recordar um filme em específico, "Psicose", na cena de DiCaprio no chuveiro.

A atuação de Mark Ruffalo também merece aplausos. O ator mostra que não é apenas um 'cara engraçado', e que pode fazer suspense tão bem como ninguém. Seu inglês jogado e despretencioso lembra Marlon Brando.

Talvez o fim possa parecer clichê para alguns, mas serve para mostrar que, muitas vezes, enxergamos apenas o que queremos.

Assista a Ilha do Medo.

Um longa Imperdível.
Nota: 8.0

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